sábado, 1 de maio de 2010

Entrevista ao Presidente do Conselho Fiscal Da Associação de Estudantes


A Escola Secundária de Fafe tem uma nova Associação de Estudantes. A escolha deste importante organismo estudantil decorreu em duas renhidas voltas. Em 3 de Dezembro de 2009, a lista Y venceu com 421 votos, derrotando a lista A que obteve 318 de um universo de 753 votantes.

Fomos conversar com os novos dirigentes da associação para ficarmos a saber quais são os objectivos e as propostas de dinamização deste organismo que procura ser uma voz bem audível na nossa escola, contribuindo, assim, para a mudança.

Falamos, então, com João Moniz Rebelo, o presidente do Conselho Fiscal

Revista Convida: Quais foram os propósitos da vossa candidatura? Associação de Estudantes: Uma das razões que nos levou a apresentar candidatura à Associação de Estudantes, foi a vontade de podermos fazer algo pela comunidade escolar. Desde que frequentamos este estabelecimento de ensino, temos deparado com Associações que se têm cada vez menos preocupado com a Comunidade Estudantil, e portanto,realizado menos actividades, e interagindo menos com o meio, dando uma imagem muito negativa do associativismo estudantil, fazendo com que seja uma instituição desacreditada.

Ora, nós queremos e estamos a tentar mudar a imagem desvalorizada da AE, para uma associação respeitada e dinâmica.

Revista Convida: Em relação à vossa campanha, o que podem resumir dela?

Associação de Estudantes: Desde o inicio que tentamos programar uma campanha que pudesse sensibilizar os nossos colegas para as nossas ideias e para a nossa visão para uma associação, que para nós, seria a ideal.

Distribuímos muitos brindes a apelar ao voto na lista Y, mas também apostamos bastante na divulgação das nossas promessas através de textos informativos, mostrando ainda mais o nosso interesse pela comunidade estudantil e a vontade que temos em ajudá-la através da Associação de Estudantes.

Concluindo, podemos com clareza dizer que realizamos uma óptima campanha e que quem esteve a apoiá-la contribuiu decisivamente para o nosso sucesso. Gostaríamos portanto de deixar um grande agradecimento a todos aqueles que lutaram connosco e nos apoiaram a toda a hora.

Revista Convida: Após a vossa vitória, qual foi o vosso primeiro objectivo a concretizar?

Associação de Estudantes: Mal saiu o resultado, a primeira coisa que fizemos foi festejar, como é claro! Mas logo no dia de aulas seguinte, iniciámos os nossos trabalhos, Primeiramente, tratámos de saber qual era a situação actual da Associação, e descobrimos algo que já pensávamos: estava tudo numa situação catastrófica. Não tínhamos nada, apenas a chave para a sala da AE.

Em seguida, e antes de podermos programar actividades, iniciamos trabalhos remodelando a sala, para assim lhe dar um melhor aspecto e ser mais propícia e adequada a uma verdadeira Associação de Estudantes.

Revista Convida: Têm sentido dificuldades em cumprir as vossas promessas?

Associação de Estudantes: Como tínhamos referido, quando nos informámos da situação da AE, que era catastrófica, apenas tínhamos a sala, inadequada, para podermos trabalhar. Nem dinheiro, nem documentos, nem material, apenas cartas em atraso, datadas desde Junho. Sendo assim, tornou-se muito difícil para nós cumprir as nossas promessas. Os torneios que estamos agora a realizar e que obrigam cada jogador a pagar uma inscrição de 0,50€, não são só com o objectivo de assumirem responsabilidade, mas também uma maneira de arranjar fundos para a compra de um prémio para o primeiro lugar, entre outras despesas.

E também, enquanto não conseguirmos deixar tudo direito, em termos de documentos, não conseguirmosorganizar o caos. Nãos nos será fácil realizar novas actividades, por mais doloroso que isso nos seja, pois o prometido deve ser cumprido, e cumprido nos esforçaremos para que seja!

Tirando a Viagem de Finalistas e os torneios, tentamos ajudar em tudo, por exemplo, actuando em conjunto com a Direcção da Escola. Podermos intervir e participar nas actividades planeadas no Plano Anual de Actividades.

Revista Convida: Em relação a apoios, quem tem ajudado a realizar os vossos trabalhos?

Associação de Estudantes: O apoio mais significativo e que nos é mais valioso, é o da Direcção desta Escola que nunca nos “fechou a porta” para qualquer que fosse o nosso pedido. Têm-nos ajudado em tudo que lhes é possível, e com isso estamos muito gratos, pois é bom sinal, most- rando uma grande vontade de estarem sempre prontos a ajudarem os alunos, e a quererem trabalhar em conjunto com a AE, para dinamizar esta escola com actividades novas e diferentes, o que nos deixa muito satisfeitos.

Contamos também com os nossos patrocinadores da campanha, para trabalharem connosco, caso seja necessário, na organização de uma actividade; e também ao Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Fafe, na pessoa do Dr. Daniel Bastos, que nos tem apoiado no que toca a ajuda camarária bem como à inserção da AE nas actividades/ sessões que se realizam para nosso proveito.

Por último, mas não menos importantes, todos os alunos que demonstram um desejo em ajudar a Associação na realização de novas actividades, ajudando assim para o cumprimento daquilo que prometemos, o que faz que sejam o apoio principal e também aqueles que beneficiam do apoio dado!




Revista Convida: Pretendem com este trabalho deixar algo que seja memorável?

Associação de Estudantes: É claro que queremos acabar o nosso mandato e deixarmos a imagem de que fomos a mudança para algo melhor, para aquilo que ao início a nosso ver era a associação ideal.

Desejamos deixar aqui o nosso legado, uma Associação de Estudantes organizada, e que esteja apta a trabalhar em pleno nos anos vindouros, desde que seja devidamente tratada. Com isto, tento dizer que este ano não será tão dinâmico como esperávamos, pois a prioridade é pôr “a casa em ordem”, e só depois disto é que se pode trabalhar com rigor. Por essa razão é que dizemos que as próximas Direcções terão mais sorte que nós, já terão tudo direito para poderem trabalhar activamente, sem se preocuparem de organizar aquilo que nós temos de organizar. Portanto respondendo directamente à questão feita, sim, pretendemos deixar algo que nos memorize, deixar a lembrança de que fomos a mudança e modificamos a imagem negativa da AE.

Revista Convida: Então, quais serão as próximas activi- dades que vão propor à co- munidade escolar?

Associação de Estudantes: Em termos de actividades, já estamos a com Viagem de Finalistas toda programada, e lembramos toda a gente que as inscrições ainda estão abertas, e a viagem não é só para os de 12o anos, mas sim para toda a Comunidade Escolar.

Entretanto, e espero eu que quando esta entrevista já tiver sido publicada, o torneio de Futsal e de Voleibol já se encontre em andamento bem como as mesas de Matraquilhos já se encontrem no recinto da Escola. No que toca à Rádio-Escola, a nossa mais entusiástica promessa e na qual iríamos gastar maior parte das nossas forças, foi posta de lado desgostosamente, isto devido ao desaparecimento de qualquer tipo de programa como este das Escolas Públicas Portuguesas.

Para além disto temos a mobilização da Associação de Estudantes, a participação e apoio nas actividades do Plano Anual de Actividades para as quais a Direcção nos convidar, e a longo prazo (até final deste ano lectivo, de acordo com o previsto) a inscrição da Associação na RNAJ - Rede Nacional de Associativismo Jovem – na qual futuramente se poderá usufruir de fundos para apoiar a AE bem como o forneci- mento de matérias e meios para a divulgação e organização de actividades.




Revista Convida: Alguma mensagem que queiram deixar aos vossos eleitores?

Associação de Estudantes: Queremos dizer que estamos muito gratos por terem acreditado em nós (e ainda acreditarem, esperamos nós), que estamos aqui para ajudar toda a gente e para trabalharmos com toda a gente em novos projectos. Estamos disponíveis a ajudar e recepívos a qualquer opinião, quer ela seja favorável ou não. Queremos servir todos os alunos, não só uma parte deles, por isso é importante a opinião de cada um chegar às nossas mãos.

Esperamos não desiludir ninguém, apenas deixar toda a gente orgulhosa da escolha que fez (ou que não tenha) e que possamos contar com todos para nos ajudarem a construir uma escola cada vez mais agradável.

sábado, 24 de abril de 2010

Editorial

Depois do número zero da revista ConVida já ter mostrado a sua face e as suas cores, com certeza que todos aqueles que a leram de uma forma atenta e conscienciosa, já perceberam o rumo que esta publicação quer seguir e os reais objectivos que lhe fervilham na alma.

Todos nós conhecemos as emoções, os receios e as imperfeições de uma primeira vez. Por isso, não admira que o número zero da ConVida tenha apresentado alguns ingénuos e incautos desleixos, ou não fossem os responsáveis pela sua vinda ao mundo, simples seres humanos, que, por sinal, são professores, e que nunca tinham tomado nas mãos um projecto com estas dimensões e afinidades. Assim sendo, e reconhecendo que ainda há muito para fazer, e porque o céu só se atinge depois de muito penar nesta terra, aqui estamos nós, novamente, mas agora com o número um, para tentar ir mais longe e mostrar a toda a comunidade o que de bom se faz na Escola Secundária de Fafe.

Desde os primeiros instantes em que a Directora da escola nos incumbiu desta trabalhosa, mas gratificante tarefa, que ficou completamente claro que o nascimento de uma revista na escola tinha metas bem definidas, e que todas elas tinham os alunos como referência. De facto, são eles a força viva que faz mover qualquer comunidade escolar, sempre apoiados e orientados pelos professores e demais agentes educativos. E é para eles que a revista está orientada, procurando ir ao encontro da sua formação, não só como discentes, mas também como seres humanos, procurando incutir nas suas formas de estar e agir, a importância da concórdia, da entreajuda, dos bons hábitos de trabalho, da alegria e dos sonhos.

Neste número um da ConVida já é possível vislumbrar o muito que a Escola Secundária de Fafe tem realizado ao longo destes últimos meses, num abrangente e diversificado leque de actividades, criações, pesquisas, análises e pontos de vista. Mas, e porque o caminho é para continuar a ser palmilhado, não se esqueça de nos ofertar tudo o que uma revista precisa para poder ir em frente e poder mostrar, àqueles que o desejem ver, que o sol não nasceu em vão.

Vá lá, ofereça-nos uma flor, e nós construiremos um jardim.

Carlos Afonso

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Revista ConVIDA: Vida Activa (2) - E-Portefólios em Ciências

E-Portefólios em Ciências

José Manuel Salsa

Não é novidade para ninguém o facto da Internet constituir uma fonte quase inesgotável de informação à distância de um clique. E adivinha-se o potencial educativo de tal recurso embora haja, ainda, um longo caminho a percorrer até ao correcto enquadramento da utilização da Internet em meio escolar.

Como é mais ou menos consensual, o paradigma do internauta navegador e consumidor de informação está ultrapassado. O mesmo raciocínio é aplicável aos alunos que utilizam, ou tentam utilizar, a Internet como suporte das aprendizagens. Defendo que, actualmente, as competências necessárias para publicar na Internet devem fazer parte da formação pessoal do aluno e é com base neste princípio que tenho tentado, nos últimos anos, que cada um dos meus alunos adquira essas mesmas competências num contexto de aprendizagem, no âmbito das disciplinas que lecciono.

O resultado do trabalho desenvolvido com alunos da Escola Secundária de Fafe tem sido representado em diferentes suportes on-line, desde blogues de apoio às aprendizagens dos alunos (como http://bio12esfafe.blogspot.com) passando, mais recentemente, por disciplinas na plataforma Moodle da escola. A partir daqui existem ligações para os e-portefólios dos diferentes alunos. No entanto, não encaro este trabalho como um fim mas, antes, como um meio auxiliar do aluno no desenvolvimento das suas competências e conhecimentos ao longo do ano lectivo. Nas linhas seguintes abordam-se alguns aspectos relacionados com a realização de e-portefólios de aprendizagem, no âmbito de uma disciplina...


1. Que aspectos devem ser tidos em conta, pelo professor, em ambiente de sala de aula?

  • Discutir as vantagens de uma reflexão e auto-avaliação sobre o trabalho desenvolvido.
  • Apresentar aos alunos a necessidade de uma constante actualização do conhecimento em Ciências.
  • Discutir as vantagens da partilha de informação.
  • Sugerir a criação de um e-portefólio como um meio para tal fim.
  • Definir a metodologia de trabalho.
  • Estabelecer regras e critérios claros de avaliação.
  • Explicar os procedimentos básicos para criar um e-portefólio.
  • Alertar para os cuidados na linguagem, na estética e salvaguarda dos direitos de autor.
  • Acautelar dificuldades individuais na concretização.
  • Incentivar regularmente à colocação de conteúdos no e-portefólio.

2. Que aspectos devem ser considerados no trabalho extra-aula?

  • Criar um blogue central ou disciplina no Moodle, do professor, com sugestões, informações úteis, e ligações para recursos e para os e-portefólios dos alunos.
  • Visitar regularmente os e-portefólios dos alunos e, eventualmente, deixar comentários.
  • Avaliar os e-portefólios com base nos critérios estabelecidos.
  • Dar a conhecer aos alunos a avaliação efectuada.
  • Ajudar a resolver problemas.

3. Que dados podem ser incluídos no e-portefólio?

  • Pequena apresentação do autor (perfil).
  • Opiniões sobre os temas em estudo nas aulas.
  • Reflexões sobre notícias, que devem ser resumidas, recolhidas na comunicação social, preferencialmente alusivas a temas em estudo nas aulas (referir sempre a fonte da informação).
  • Sínteses de trabalhos realizados nas aulas ou em casa.
  • Experiências realizadas nas aulas práticas.
  • Relatos sobre visitas de estudo ou aulas de campo.
  • Glossário de termos científicos.
  • Sugestões de websites ou outras fontes informativas interessantes.
  • Reflexões sobre os seus resultados escolares no âmbito da disciplina de Biologia.
  • Outros.

4. Quais são os critérios de avaliação do portefólio?

  • Adequação do conteúdo aos objectivos do portefólio.
  • Quantidade e qualidade da informação publicada.
  • Organização geral do portefólio.
  • Existência de informação reflexiva da sua autoria.
  • Indicação das fontes de informação.
  • Regularidade de publicação ao longo do tempo.
  • Ligações para outros portefólios e páginas web relacionadas.
  • Registo, quantidade e qualidade dos comentários realizados aos portefólios dos colegas.
  • Autonomia e responsabilidade demonstradas.
  • Apresentação do portefólio à turma no final do ano.

5. Em que formato é desenvolvido o e-portefólio?

Pode ser desenvolvido com recurso a diferentes suportes e formatos. Tenho sugerido a criação de um blogue, criado por cada um dos alunos em www.blogger.com. Com este trabalho, cada aluno aprende a produzir e publicar (mais do que a consumir) informação na Internet, algo considerado essencial na sua formação geral.

6. Com que regularidade devem os alunos actualizar o portefólio?

Fica ao critério de cada um, sendo que este é um dos critérios de avaliação. No entanto, não é necessário nem pode ser exigido um trabalho exaustivo. O portefólio não pode, nem deve, desviar o aluno de outras tarefas mais prioritárias. Mas como é um trabalho progressivo, ao longo do ano lectivo, pode ser viável e trazer vantagens para a aprendizagem do aluno.

7. O aluno tem de ter Internet em casa para fazer o portefólio?

Não. Pode desenvolver esse trabalho na escola ou noutro local público com acesso à Internet (juntas de freguesia, biblioteca municipal, etc.). Algum do trabalho poderá ser desenvolvido durante as aulas e articulado entre diferentes disciplinas.

8. Aspectos positivos

  • Contexto apelativo ao desenvolvimento de competências diversificadas pelos alunos, nomeadamente no que se refere à utilização de recursos TIC.
  • Incremento do gosto pela disciplina e pelo conhecimento científico.
  • Desenvolvimento do espírito crítico em relação a si e em relação aos outros.
  • Transparência das actividades escolares para a comunidade.
  • Fonte diversificada de informação actual e complementar sobre as matérias em leccionação.

9. Aspectos negativos

  • Risco de sobrevalorização, pelo professor e pelos autores, do e-portefólio em relação a outras actividades.
  • Exige um trabalho e dispêndio de tempo que podem ser consideráveis, tanto aos alunos como ao professor.
  • Envolve alguns riscos sobretudo quando acessível na Internet.
  • Pode realçar assimetrias entre os alunos no que se refere ao acesso às tecnologias e às competências na sua utilização.

10. Onde obter mais informação sobre portefólios?

  • Barrett.H. (2005). The Reflect Iniciative. White Paper. Reseaching Electronic Portfolios and Learner Engagement. Retirado de http://electronicportfolios.org/reflect/whitepaper.pdf
  • Barrett, H. (2006 ). Using Electronic Portfolios for Classroom Assessment [Electronic Version]. Connected Newsletter, 13, 4-6. Retirado de http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter-final.pdf.
  • Paulson, F.L., & Paulson, P.R. & Meyer, C.A. (1991). What Makes a Portfolio a Portfolio? Educational Leadership.
  • Santos, L. (2002). Auto-avaliação regulada: porquê, o quê e como? In P. Abrantes e F. Araújo (Orgs.), Avaliação das Aprendizagens. Das concepções às práticas. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento do Ensino Básico, 75 – 84. Retirado de http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/textos/DEBfinal.pdf
  • Silvério, C. (2006). Portfolios na disciplina de Ciências Naturais no 3.º ciclo do ensino básico. Um estudo de investigação-acção. Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Geociências, especialidade em Ensino de Ciências Naturais (Ciências da Terra),Universidade de Coimbra.
  • Vilas Boas, B. (2005). O portfólio no curso de pedagogia: Ampliando o diálogo entre professor e aluno. Retirado de http://www.scielo.br.pdf

(Nota: Bibliografia sugerida pela Escola Superior de Educação de Santarém)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Revista ConVIDA: Literariedades (3)


O Espelho

O espelho é uma fonte,

Para leres um horizonte,

O espelho é a agua límpida,

Tórrida, parada a uma só vida!


O retrato é abstracto,

Mas tu podes vê-lo,

Uma visão do contacto,

Que te revela ao obtê-lo (…)


O que é o sonho?

É o dormir nas asas do tempo.

O que é a vida?

É um caminho puxado pelo destino,

E movido pela força do vento.


Ana Peixoto, 11ºJ

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Revista ConVida: Cadernos da Nossa Terra (1)

Fafe and the environment: a class report

While studying the module “The World around us” our class decided to make some research about the quality of the environment here in Fafe.

During our English lessons we have realized that environmental problems can be classified as local, regional or global on the basis of the area they are affecting. The way we have worked to write this class newsreport has also been quite different from the usual because in order to explain what we have learnt we decided to interview our colleagues and to listen to what they had to say. Thus, with our classmates’ pre-work, their research and their remarkable oral presentations in class, our mission became much easier.

The issues we questioned were recycling in Fafe, water pollution in Rio Ferro, fires, the European Car Free Day and Wind Power.

Recycling is one of the simple ways to help the world and consists of a process used to give “new life” to products. It brings us some benefits, for example, conserving resources, preventing emissions of greenhouse gases and water pollution, saving energy, create jobs and stimulating people to use green technologies. Our class discovered that most people in Fafe know what recycling means and say that they separate their garbage putting each item in the adequate container.

In what concerns water pollution, Rio Ferro seems really to be in bad hands. The majority of the population doesn’t care about it so they keep on polluting. People continue to dump their waste into the river. But the members of this group also told us that the contamination of the waters is mainly due to industrial / chemical discharges from some old factories that are still operating. It is deeply polluted because of the residues which are thrown into it without any previous treatment, similarly to what happens to many other Portuguese rivers. Unless there are successive and serious investments there seems to be no viable solution to get things right.

Another topic that we have studied is fires. Fires pollute the planet because they release huge amounts of CO2 and other toxic gases into the atmosphere. Apart from contributing to the destruction of the ozone layer, fires also destroy the habitat of many species. In Fafe they are one of the biggest causes for the loss of forests since lots of green places have already burnt. Population negligence and arsonists are the main causes for the fires that happen in our area. To prevent fires we have to clean and cut down the trees that are close to the houses, make conferences to educate and inform people and construct infrastructures. According to local firefighters, from 2001 to 2005, the villages of Várzea Cova and São Gens were the most affected ones in our region and in 2006 the villages which suffered the most were Santa Cristina de Arões and Vila Cova, with 836 hectares burned.

The European day without cars is an interesting idea and our city embraced this event since 2000. The main goals of the European day without cars is to influence people to choose public transport, create the opportunity to travel in the city with a different way and to demonstrate that less cars in urban areas is a synonym of higher quality of life to citizens. Vehicle emissions are responsible for millions of deaths and respiratory problems worldwide. So, each year on the same date, 22nd September, the European towns taking part in the operation (including Fafe) reserve an area for pedestrians, bikes and other "clean" vehicles. In our city we could practise several activities such as cycling, sliding, riding pedal cars, using inflatable. It is not a question of simply limiting traffic in certain streets but of enabling city dwellers to discover other means of transport and to experience this day without restricting their mobility. From a survey that our class did, it seems that most people, at least those who live and work in the city centre, aren’t still very fond of the idea.

Speaking of Wind Power, we discovered that one of the largest wind farms in Iberian Peninsula was built in Fafe. Indeed it is a big investment for us. As everybody knows wind energy is an alternative source of energy that must be supported and incentivated. European countries, including Portugal, lack energy resources in the form of fossil fuels, emit increasing amounts of CO2, but, at the same time, are world leaders in renewable energy and in the most promising and mature renewable technology - wind power. Some classmates questioned some locals and discovered that these people are already aware of the importance of the use of wind to make energy. Most of them said that the wind farm is really good for us because it is a renewable energy, non-polluting and it has a long durability. But they also said that there are some disadvantages too. The landscape destruction, the constant noise and some television interferences are some of the major troubles.

Fafe belongs to each one of us. Just keep it like a place where it is still enjoyable to live!

This report was written by

António Pedro Souto

Beatriz Carneiro

Catarina Soares

Cláudia Ribeiro

11ºF



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Revista ConVIDA: Vida Activa

O vírus H1N1 e o início do ano lectivo na nossa Escola

O início do ano lectivo decorreu com muito entusiasmo, alegria e satisfação, à semelhança do que é habitual. É sempre de modo agradável e de mente aberta que se encara um novo ano lectivo: colegas novos, novos professores, horário novo; para alguns, nova escola…

Este ano, porém, o início do ano lectivo foi também envolvido pela atmosfera de alguma expectativa face à pandemia do momento, a tão falada Gripe A.

Será seguro ir à escola? - ter-se-ão questionado alguns.

Estará a escola preparada para enfrentar a possibilidade de uma pandemia? - ter-se-ão interrogado outros.

Como devo proceder? Como me posso proteger? Quais são os sintomas da Gripe A? E se eu apresentar sintomas de Gripe, o que devo fazer?

Estas serão, provavelmente, questões que preocuparam, senão a totalidade, uma grande parte da comunidade escolar, aquando do regresso às aulas.

Assim, no sentido de esclarecer todas essas dúvidas, e outras ainda que possam surgir, e porque a escola assume um papel de primordial importância na prevenção de uma pandemia de gripe, pela possibilidade de contágio e rápida propagação da doença entre os vários elementos da comunidade educativa e, consequentemente, da comunidade envolvente, a Direcção da Escola, em conjunto com a Coordenadora do Projecto Educação para a Saúde, procedeu, ainda antes do início do ano lectivo, à elaboração do Plano de Contingência da Escola para a Gripe A.

No dito documento, vários são os esclarecimentos relativamente à problemática e dele foi dado pleno conhecimento a todos os elementos da comunidade educativa: professores, assistentes técnicos, assistentes operacionais, alunos e encarregados de educação.

O referido plano abarca, em traços muito gerais, e entre outras, as seguintes medidas: a criação de uma sala de recobro, destinada aos alunos doentes ou que apresentem sintomas da doença; a utilização de desinfectante nos equipamentos; maior cuidado de higiene e arejamento frequente das salas de aula; a desactivação do bebedouro, em frente à sala dos professores, ainda recentemente, muito utilizado pelos alunos; a aquisição de bens consumíveis de suporte à situação; a elaboração de uma tabela por turma, onde constem os contactos de todos os alunos, respectivos encarregados de educação e professores e, como não poderia deixar de ser, uma estreita ligação com as autoridades de saúde locais.

O apelo ao respeito e ao cumprimento integral do dito plano foi e continua a ser uma regra.

Desta forma, foi possível que o início do ano lectivo decorresse sem alarmismos, com normalidade e serenidade. A Escola estava preparada.

No entanto, cumpre-me lembrar que a situação não se encontra resolvida, está constantemente a evoluir… E, porque a melhor maneira de se precaver é manter-se informado, pode encontrar no site da escola (http://www.esfafe.pt) e na plataforma Moodle, informação relacionada com esta doença, nomeadamente, o Plano de Contingência implementado.

Poderá, ainda, obter informação nos seguintes sites:

Direcção-Geral da Saúde - microsite da gripe | http://www.dgs.pt

Instituto Gulbenkian de Ciência - http://www.gripenet.pt

Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) -

http://www.confap.pt/desenv_noticias.php?ntid=1339

Organização Mundial de Saúde (OMS) - http://www.who.int/en/

European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) |-http://ecdc.europa.eu/

Centers for Disease Control and Prevention (CDC) - http://www.cdc.gov/

Portal da Saúde

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+publica/gripe

Ana Rita Vieira






sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Revista ConVIDA: Literariedades (2)


Escrever

Escrever é uma emoção

Escrever é uma arte

É uma concentração expressiva

É um revelar de sonhos

São pensamentos sentidos

São razões escondidas

É o “eu” em letras

É o mundo em palavras

Tânia Raquel Silva Gonçalves

Nº28

12ºC

revista ConVIDA: Literariedades (1)


A Zeca Afonso

O plangente refrão a Catarina

De dorida, sepulcral ambiência

Tem a onomatopeia mais fina

De um pranto de amarga e doce pungência.

Mas as lágrimas da peneplanície

Não turvaram a serena carícia

Do Sol no rosto do menino pobre

(por ele nunca mais o sino dobre!!)

Sua genuína música de amor

À guisa de inspirado trovador

Nasce das cordas da alma portuguesa.

Também aquela canção da amizade,

Grito suave de terna unidade,

Comunga de inefável beleza.

25/03/2009

Augusto Lemos