A Zeca Afonso
O plangente refrão a Catarina
De dorida, sepulcral ambiência
Tem a onomatopeia mais fina
De um pranto de amarga e doce pungência.
Mas as lágrimas da peneplanície
Não turvaram a serena carícia
Do Sol no rosto do menino pobre
(por ele nunca mais o sino dobre!!)
Sua genuína música de amor
À guisa de inspirado trovador
Nasce das cordas da alma portuguesa.
Também aquela canção da amizade,
Grito suave de terna unidade,
Comunga de inefável beleza.
25/03/2009
Augusto Lemos
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